sexta-feira

Contando Histórias

A Equipe do Parangolé, com formações diversificadas, interessados em investir no desenvolvimento da criatividade infantil e juvenil, além de incentivar a leitura de obras presentes na cultura brasileira, passou o ano inteirinho indo de lá pra cá, contando histórias e tentando plantar a semente do amor à nossa cultura e ao nosso Brasil.

As histórias fazem “projetar-nos nessas ficções que fazem do que somos algo paradoxalmente igual e diferente de nós. A ficção é o homem completo, em sua verdade e mentira confundidas. (...) Inventar não é quase sempre, outra coisa que (...) refazer a experiência, retificar a história real...” (Mario Vargas Llosa, em A senhorita de Tácna).

O projeto de HistoriArte surgiu naturalmente, através dos encontros semanais na Oficina Parangolé. Começamos a utilizar técnicas teatrais para desenvolver o gosto pela literatura infantil e tem sido um sucesso. Desde então, não paramos mais de desenvolver estudos e pesquisas mais profundas na área de literatura infantil e da cultura popular brasileira, e não só encenamos e interpretamos histórias e poesias, como criamos, escrevemos e adaptamos, principalmente.

O projeto HistoriArte foi concebido para ser apresentado em espaços alternativos, assim como em teatros. Possuímos um grande acervo de histórias e criamos ou adaptamos de acordo com a necessidade e a sugestão do contratante.

Ano que vem, estaremos com as crianças “botando pra quebrar” e convidamos a todos para participarem das inúmeras contações de histórias que faremos.

Todas serão anunciadas aqui!! Venham conosco PARANGOLAR de vez o Brasil!!!!

Felicidades!

Oficina Parangolé

telefones: 9909-2879/ 2611-0724




e-mails: oficinaparangole@yahoo.com.br

ferrassoli@yahoo.com.br


“Um país se faz com homens e

livros”.

Monteiro Lobato

“Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história (...) porque é assim – suave e docemente – que se despertam consciências.”

Jean de La Fontaine

quarta-feira

FELIZ NATAL PARANGOLADO!

Oficina PARANGOLÉ – Expressões da Cultura Brasileira
Oficina de Arte e Produção Textual

Nome: Gabriela, Ana Carolina, Ludmilla e Fabrício
Turma: 3ª feira Data: 05/12/2006


Proposta: Como seria um Natal Parangolado?



Se o Papai Noel vivesse no Brasil, seria um ótimo surfista e muito popular entre todas as pessoas. Falaria com pessoas de todos os lugares, dos palacetes às favelas. Já pensaram nisso?
Ia ser uma maravilha, ele faria a união entre as pessoas!

A roupa do Papai Noel seria bem colorida e com sandálias havaianas, e ele seria de pele Negra, com semblante de alegria.

Natal é paz, harmonia e o nascimento do menino Jesus. Não é comprar presentes... A ceia de Natal Parangolada teria frutos do mar, frutas diversas, sucos naturais, Os enfeites das casas teriam cocos pintados de cores bem vivas, e a árvore seria um coqueiro pequeno cheio de coquinhos.

Nosso presépio seria representado por uma família pobre, e a estrela de Belém do Pará seria o símbolo do Parangolé, trazendo paz, harmonia e amor.

Os três reis magos do nosso Brasil trariam: esperança, solidariedade e perdão.

Nas noites de Natal, as pessoas cantariam músicas carnavalescas que fariam as pessoas esquecerem um pouco do sofrimento para viverem a paz eternamente.

FELIZ NATAL PARANGOLADO! VIVA A CULTURA BRASILEIRA!

*ilustração - Sóter França Jr

sexta-feira

Parabéns Tio Niemeyer!!!

Na Oficina Parangolé o povinho não aprende a desenhar, o povinho desenha!!! E com atitude e incentivo de quem está criando... Por isso nos identificamos com esse grande arquiteto, que sempre foi reconhecido como alguém com traços livres, sem réguas e prisões – Nosso Arquiteto parangolado e super Brasileiro!!! 15 de dezembro – Aniversário de Oscar Niemeyer – 100 anos de vida!!!

“Não é o ângulo reto que me atrai,
Nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e
sensual. A curva que encontro
nas montanhas do meu país, na
mulher preferida, nas nuvens
do céu e nas ondas do mar.
De curvas é feito todo o universo.
O universo curvo de Einstein.”
(Oscar Niemeyer)

As obras da arquitetura de Niemeyer encontram-se presentes em vários estados brasileiros, entre elas: a cidade de Brasília (toda projetada por ele a pedido do presidente do Brasil na época, JK), Igreja da Pampulha, Congresso Nacional do Brasil, Fundação Memorial da América Latina, Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Parque do Ibirapuera, Sambódromo da Marquês de Sapucaí e tantas outras. Possui obras no exterior também, como a sede do Partido Comunista na França, o MAM de Caracas etc.

A Oficina Parangolé fica na cidade de Niterói, com sede no Colégio São Vicente de Paulo. Os moradores dessa cidade têm o privilégio de conviver com uma exuberante paisagem natural, juntamente com obras significativas da arquitetura de Oscar Niemeyer, um carioca apaixonado por seu país, pela cultura e pela justiça social.

Ao final do caminho Niemeyer, podemos avistar o MAC, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, que além de abrigar obras de arte da coleção Sattamini, recebe exposições e curadorias respeitadas mundialmente.


Quando Niemeyer projetou o MAC pensou em uma flor brotando da terra, embora no senso comum, o museu seja conhecido como “nave espacial”. A preocupação do arquiteto era projetar uma obra que não ferisse a paisagem leve do local, obedecendo aos contornos naturais que cercam o museu. Os alunos, pais e professores da Oficina Parangolé puderem observar e refletir sobre a obra de Niemeyer, pois o próprio museu é considerado uma obra de arte.

Vale à pena conferir no MAC, de 9 de dezembro a 9 de março de 2008, a seguinte exposição: Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão em Niterói.






terça-feira

Uma Singela Parango-homenagem

Depois de um tempo convivendo com o Tio Pedro, pai da Maria Clara, a Equipe do Parangolé adquiriu um hábito super divertido de parangolar as palavras. Tudo criação desse publicitário maravilhoso e divertido. De cara, chamou a todos de “parangobrothers” e isso nunca mais parou: parangosala, parangoturma, parangotribo, tudo passou a estar parangolado!!!


Tio Pedro diz: "Na verdade, vocês me inspiram... alto astral total.....

Vocês podem criar o verbo parangolar: “ação criativa constante enraizada na cultura brasilis.”

Tu parangolas?


Tem também o prefixo parangolar: tornar uma ação ou um objeto/pessoa mais interessante a partir da visão de quem tem a arte dentro de si.

Foram vocês que criaram o parangoshow, eu só trouxe à tona o que estava com vocês, a isso dá-se o nome de parangoaflorar..."


E assim, Tio Pedro foi o responsável por nosso vocabulário alternativo e, por isso, ganha essa parango-homenagem, dessa parangoequipe! Tio Pedro, um grande amigo-irmão dessa parangoiniciativa!"

Darcy Ribeiro e Monteiro Lobato, padrinhos espirituais do Parangolé são conhecidos também por criarem neologismos, ou seja, novas palavras ou novos significados para antigas palavras. Enfear era tornar feio para Darcy, e jeca era sinônimo de indivíduo preguiçoso e acomodado, tal palavra foi usada com tanta freqüência que consta em diversos dicionários.

sábado

Meu Reisado Quando foi a Rua...

A grande festa de Natal do Reisado Parangolado aconteceu! A euforia, a diversão, a cultura sendo recriada, e o amor pelo Brasil em puro movimento, cantoria, “bateção” de lata e o cortejo pela escola, debaixo de chuva até o teatro onde montamos um presépio vivo, bem vivo, cheio dos mais alegres e inteligentes anjos que vivem nesse país. Crianças de 4 a 10 anos juntaram-se para viver uma das maniFestações populares mais conhecidas deste país. Com muita alegria, gracejo e bom humor, a folia de reis arrastou os olhares atentos de seus familiares para o mundo mágico da criatividade e da arte popular.

Nosso Reisado quando foi à escola, fez o São Vicente relembrar o Natal simples do interior do nosso país, e livre como os pássaros que cantam nos sertões.

Maria, José, Jesus, junto com Catirinas e Matheus saíram parangolando por aí, numa festa linda de encerramento de curso, de pesquisa, de amor pelo povo do Brasil e suas festas tradicionais, alegres e religiosas.

A Oficina Parangolé deseja a todos
um Feliz Natal e um 2008
cheio de alegrias e muitos
festejos com a cara do nosso país!

sexta-feira

O Arteiro Artista!

Surpreendentemente, Sr Pedro, resolveu montar uma instalação artística usando a professora Andrea Ferrassoli – que aceitou o desafio – e os instrumentos “parangolados” da Oficina Parangolé. O fato inusitado (parangolado) ocorreu após a aula do dia 5 de dezembro. O artista começou um grande e elaborado trabalho de composição onde andava pra lá e pra cá, parava, analisava, trocava as coisas de lugar, até chegar ao resultado final! Brilhante o guri!!! Todo nosso!! Todo parangolado!!!

Podemos assim parafrasear Hélio Oiticica, que dizia: “Não se trata mais de impor um acervo de idéias e estruturas acabadas ao espectador, mas (...) dar ao homem(...) a possibilidade de “experimentar a criação”, de descobrir pela participação, esta de diversas ordens, algo que para ele possua significação.”

terça-feira

Anunciação do Reisado!

Parangolando tudo, os artistas do Parangolé, anunciam seu Reisado!

Todos se mexendo para mais uma vez, retirar dos quatro cantos do país, uma festa tão brasileira quanto divertida e consagrada.

Esse é nosso último trabalho de 2007: O auto de Natal Parangolado!

"“O "Terno" de Reis ou "Folia" de Reis

No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da sanfona. Essa manifestação cultural foi trazida pelos portugueses nos primórdios da colonização e, desde então, sofreu diversas adaptações e influências brasileiras. Em algumas regiões brasileiras, o reisado conta com a presença de famosos seres lendários: curupira, lobisomem, boitatá etc."

Bandeira do Divino
Ivan Lins

Os devotos do divino
vão abrir sua morada
pra bandeira do Divino
ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai.

Deus vos salve esse devoto
pela esmola em vosso nome.
Dando água a quem tem sede,
dando pão a quem tem fome, ai, ai.

A bandeira acredita
que a semente seja tanta,
que essa mesa seja farta
que essa casa seja santa, ai, ai.

Que o perdão seja sagrado,
que a fé seja infinita,
que o homem seja livre,
que a justiça sobreviva, ai, ai.

Assim como os três Reis Magos
que seguiram a estrela-guia,
a bandeira segue em frente
atrás de melhores dias, ai, ai.

No estandarte vai escrito
que ele voltara de novo.
E o Rei será bendito,
Ele nascerá do povo, ai, ai.


sábado

Uma Idéia para saudar o Samba!



Parangolé – dia 1º de dezembro de 2007, antecipa o dia do Samba para a criançada vivenciar o quanto é bom sambar!

“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é... ou é ruim da cabeça, ou doente do pé!”

"Clementina, cadê você?
Cadê você, cadê você?
Clementina, cadê você?
Cadê você, cadê você?
Clementina, cadê você?
Cadê você, cadê você?
Clementina, cadê você?
Cadê você, cadê você?

- Bom dia!!! Eu estou procurando minha filha Carmen Clementina de Jesus. Lindo nome dela, não? Ela é a coisinha bonitinha aqui de casa, a coisinha bonitinha do pai"

A idéia partiu de Sóter França Jr, nascido no dia nacional do samba e, tão bem abraçada por Andrea Ferrassoli, tournou-se um texto educativo e divertido, onde mãe (Marianna Tavares), filha (Andrea Ferrassoli) e três malandros do samba (Felipe Reis, André Latham e Tadeu Broglio) contaram a trajetória do samba para sair do submundo e se tornar o grande ritmo representante de um povo alegre e apaixonado.

"No dia do casamento com minha mãe, (risos) Bem, o nome da minha mãe era Madalena. No altar ele olha para minha mãe e canta:

Madalena, Madalena
Você é meu bem querer
Eu vou falar pra todo mundo
Vou falar pra todo mundo
Que eu só quero você
Eu vou falar pra todo mundo
Vou falar pra todo mundo
Que eu só quero você

A sorte é que o padre já conhecia o meu pai e nem deu tanta bronca nele..."

O Parangolé torna-se cada vez mais uma equipe preocupada em aproximar as crianças brasileiras de suas raízes culturais, mostrando aos futuros cidadãos, como é bom ser brasileiro, através de leitura e produção de textos, arte, música e contação de histórias.

Esse movimento de valorização do nosso, não se trata de um nacionalismo exacerbado, e sim, de uma vontade de fazer com que olhos infantis percebam que pertencem a uma nação multiétnica, e que eles também podem dar continuidade a isso, conhecendo e apreendendo a cultura, desenvolvendo valores éticos e respeitando as diferenças.

"Sabe por que o Dia Nacional do Samba cai em dois de dezembro? Foi idéia de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", que fala assim:

Ai Bahia

Bahia que não me sai do pensamento


Só que o Ary NUNCA tinha ido à Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.

Minha filha, Ary Barroso foi um compositor muito importante para o nosso país e é conhecido mundialmente. Ele compunha sambas que divertiam as pessoas, mas mais do que isso, que faziam as pessoas pensarem.

Foi ele quem fez aquela música maravilhosa, que todos cantam dentro e fora do Brasil, dizem até que é uma espécie de hino nacional:

Brasil, meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil, prá mim, prá mim, prá mim ··."

E assim foi feito com o samba, que teve como principal motivo, mostrar às crianças como se pode superar dificuldades e até vencer na vida, sendo firme em sua arte, delicado em seu ritmo e provando que alegria não é coisa de marginalização, na verdade, é coisa de gente feliz, que mesmo com muita dificuldade luta dia-a-dia, com muito orgulho de SER BRASILEIRO!

"O Pagode do Trem surgiu nos anos 1920, quando os sambistas corriam da polícia para dentro dos vagões dos trens e tocavam, até virar tradição. Nos anos 1990, moradores do bairro de Oswaldo Cruz, que fica lá no Rio de Janeiro, resolveram recriar esse movimento para dar um “tchan” no bairro, era o "Acorda, Oswaldo Cruz". Até hoje, no Dia do Samba o pessoal se reúne na Central do Brasil, lota um trem de verdade e vai tocando e cantando até Oswaldo Cruz, que é longe pra dedéu, lá formam-se trocentas rodas de samba. Eu gosto de samba... do batuque, da alegria... A melhor música pra mim é:

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros"

Na contação foi lembrado às crianças, que o nosso ritmo ganhou mares, entrou em novos lugares e fez muito gringo rebolar com os requebros da baiana.

“Tá na hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor...”

"O Que é que a baiana tem? O Que é que a baiana tem? Tem torço de seda, tem! Tem brincos de ouro tem! Corrente de ouro tem! Tem pano-da-costa, tem! Sandália enfeitada, tem! Tem graça como ninguém Como ela requebra bem! Quando você se requebrar Caia por cima de mim Caia por cima de mim Caia por cima de mim O Que é que a baiana tem? O Que é que a baiana tem? O Que é que a baiana tem? O Que é que a baiana tem?"

Não nos esquecemos o quanto o samba foi perseguido e abençoado, com o toque do Divino nas inspirações dos nossos poetas sambistas...

"O samba já foi muito mal visto... sempre foi uma forma de expressão artística, e não somente religiosa, há muita confusão nisso tudo... Noel Rosa, Pixinguinha, Cartola, esses grandes mestres, foram chamados de malandros porque o samba veio do morro. Agora vejam! O samba, que nascia de pessoas humildes, com pouca escolaridade... diziam que não era coisa de Deus! Como pode ser isso, sem que Deus não estivesse presente no talento desses sambistas?!

Como podem tão perfeitas obras nascerem de pessoas tão simples, sem a direta inspiração de Deus?!?! Elizabete, Clementina, vou revelar um fato a vocês (quase surtando):

O samba é divino!!! O samba é diviiiiiinooooo!!!...."

Assim como o samba fala do dia-a-dia, o Parangolé conta histórias sorrindo para alegrar e inspirar o dia dos nossos futuros mestres, ou seja, nossos Pequenos Notáveis!


Agradecemos a todos que nos prestigiaram pela primeira vez, e a todos que sempre acompanham nossa trajetória de amor às raízes desse maravilhoso país!

Informaremos nossos próximos passos para desvendarmos o BRASIL!

Bibliografia/ Filmografia