sábado

ParangoDia das Crianças!

Hoje ninguém segura a ParangoBatucada!!!

Temos um novo mundo a explorar, os livros que estamos escrevendo podem esperar, hoje é DIA DAS CRIANÇAS aqui no PARANGOLÉ, onde tudo pode ser pintado, desenhado e virar música!!!


Declaração Universal dos Direitos da ParangoCriança Feliz!

1- Toda criança tem o direito de sujar as roupas de tinta de vez em quando, afinal, “NÃO HÁ APRENDIZADO SEM MANCHAS!”




2- Toda criança tem o direito de pular, cantar e fazer a batucada que quiser desde que convide o vizinho, ou lhe dê tampões de ouvido de presente.



3- Toda criança tem o direito de inventar sua própria linguagem, com as mãos, com os pés, com o corpo e tudo mais.


4- Toda criança tem o direito de ficar de cabeça pra baixo, afinal, é sempre bom ver o mundo de outras maneiras!



5- Toda criança tem o direito de pintar a cara de seus professores!



6- Toda a criança tem o direito de dançar a SUA MÚSICA!


7- Toda criança tem o direito de rir gargalhadas sem fim!


8- TODA A CRIANÇA TEM O DIREITO DE CONHECER A CULTURA EM QUE VIVE, SENTINDO-SE PARTE DELA, REINVENTANDO-A A CADA DIA!




FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!!!!!!!!!

terça-feira

ParangoBiblioteca

Dizem que setembro é o mês do livro e, por isso, resolvemos escrever livros. Simples assim.

Sim, sabemos que dentro de todos nós existe um escritor como Clarice Lispector, Ligia Bojunga, Raquel de Queirós, Ziraldo, Cecília Meirelles, Pedro Bandeira, Ruth Rocha e tantos outros que sabiam colocar ideias no papel, usando suas experiências práticas ou mesmo a força da imaginação. Muitos se inspiraram no mestre maior Monteiro Lobato, que costumava dizer: “Um dia ainda faço livros onde as crianças possam morar.” E é dentro dessa perspectiva que iniciamos nosso atual tema de trabalho.

E, como todo projeto parangolado, nos envolvemos de muita energia corporal, mental e até mesmo espiritual, sim, pois nos aprofundamos mesmo em nossos projetos artísticos com a intenção de conhecer, entender e fazer, usando a capacidade de absorção das informações e o material que nos é fornecido pela gentil colaboradora Papelaria Icaraí.

Bem, começamos agora a construção de nossa ParangoBiblioteca e queremos muito apresentar o resultado desse trabalho aqui.

Como um escritor de verdade precisamos “catar” nossas musas inspiradoras", amando os livros e suas magias.

ParangoParquegráficoEditorial!

quinta-feira

Parango-Talismã

A Parango-Tribo expressa a cultura Afro-Brasileira Parangolada!

Criamos um Parango-Talismã* que nos trará muita sorte, magia e alegria nessa viagem da África para o Brasil.

Com informações da dança, do ritmo e da energia afrodescendente que influenciou nossa cultura, traçamos um caminho próprio para despertarmos a Afro-Cultura que há em nós.

Então, lá vamos nós com os talismãs a caminho da máscara Zulu!
Salve nossa Parango-Negritude, pois:

“Alma não tem cor!
Pó eu sou Branco?
Alma não tem cor
Pq eu sou negro!?” – Banda Karnak










A palavra TALISMÃ deriva do árabe, Talesma que significa “figura mágica”, e este do grego Télesma, “rito religioso, cerimônia de iniciação ou mistério”. O talismã é um objeto supostamente dotado de poderes espirituais e de virtudes sobrenaturais com finalidades protetoras. Para nós, torna-se um dos caminhos para compreendermos o misticismo e os simbolismos africanos. O talismã pode ser uma medalha, uma figura, uma cruz, feita de qualquer material, seja madeira ou rocha.

sexta-feira

“Mãe África Brasileira”

A Oficina Parangolé inicia o semestre falando da “Mãe África Brasileira”.

Os ParangoAlunos retomaram suas atividades com toda energia boa das férias, para festejarem os 3 anos de Parangoladas! O tema para isso, não poderia ser mais apropriado do que (re)conhecer uma das culturas que influenciaram a formação da identidade nacional brasileira: a cultura AFRICANA.

Sabemos que essa cultura maravilhosa não chegou ao Brasil por vontade, e sim através dos Navios Negreiros que traziam seres humanos para trabalharem como bichos-escravos, no entanto, onde há humanidade há cultura. Os africanos trouxeram suas crenças, batucadas, lendas, danças, vestimentas, comidas e muita força para sobreviver e, graças aos seus antepassados, podemos desfrutar hoje, de um país ainda com problemas sociais e raciais, mas imensurável nas manifestações artísticas e culturais.







Sim, pois sabemos que:

“Brasileiro não é africano,
Africano não é brasileiro
Embora eu queira
Embora eu queira”
(Banda Karnak)







Queremos que nossos ParangoAlunos descubram que nossa (MULTI)cultura é tão rica e diversa devido às influências e "misturas" que recebemos, e que nenhuma manisfestação cultural é superior a outra, apenas diferente.

Obs: Isso não quer dizer que não podemos nos apaixonar perdidamente pela cultura brasileira, não é?

Nós podemos recontar!

Os parango-alunos se transformaram em verdadeiros contadores de histórias!

Dentro de um exercício divertido de relaxamento com o André Latham, escutaram uma obra poética musicada da MPB e, depois, vestiram-se com figurinos e adereços para recontar o que ouviram através de falas e gestos.

Foi um festival de criatividade, invenção, e muita alegria...

O passo seguinte foi criarem personagens de meias para continuarem a contar histórias brasileiramente parangoladas!

* Bons dia Povo!

Mai nóis do Parangolé entremu tudo na fase de saldá o povo do interior do nosso Brasilzão... por causa de que, já já, nóis entra tudo na tar festa junina cheia de fogueira mil, quentão e muita dança de quadria!

Ocês que vem vê a gente aqui, tão tudo cunvidado pra dispois voltá aqui no parangoblog e vê o que nóis faz nessas horas de festejo do JECA TATU e do CHICO BENTO, num sabe?

Tá tudo cumeçando agora...

Inté mais tarde!!!

* Texto inspirado na linguagem oral caipira, proveniente de inúmeras localidades de nosso país, tão rico na expressão cultural.

O objetivo do Parangolé não é ensinar a criança a falar errado, mas de mostrá-la uma variante linguística tão presente na cultura da "contação de causos" ao redor das fogueiras que aquecem os corações de brasileiros que fazem chegar até nós tanta coisa importante e gostosa da ROÇA. Essa roça pode ser desde o interior do Mato Grosso, até os confins dos pampas gaúchos.

JECA TATU: Personagem criado por Monteiro Lobato para representar o lado “preguiçoso” da roça. Na verdade, Lobato queria alertar as pessoas de que técnicas mais avançadas de plantio e preservação do meio ambiente já se faziam presentes no início do século XX.

CHICO BENTO: Personagem criado por Maurício de Souza, presente nos quadrinhos da Turma da Mônica. Chico mostra toda a pureza e ingenuidade de alguns brasileiros que dedicam suas vidas a cuidar de pequenas plantações e criações de animais.

SÍTIO DO PICAPAU AMARELO: Roça democrática criada por Monteiro Lobato. No Sítio, realidade se mistura com a cultura popular brasileira onde petróleo é encontrado, Narizinho casa-se com um peixe, uma boneca de pano torna-se marquesa de Rabicó ao aceitar o pedido para ser “esposa” do porco Rabicó. Onde a imaginação nos levar é pouco para tudo o que é possível acontecer nesse lugar encantado, cuidado por Dona Benta, uma avó antenada com a política e as causas sociais, e apaixonada pelos netos Pedrinho e Narizinho.

segunda-feira

ParangoConto Bem Ativo!

O ParangoConto, projeto de contação de histórias da Oficina Parangolé, tem sido mostrado em vários espaços do Rio de Janeiro, como o Colégio São Vicente de Paulo, no Instituto Maia Vinagre, na Creche-escola Catavento, no Centro Educacional de Niterói, no Projeto Férias Nota 10 da Prefeitura de Niterói, nas praças e praias de Quissamã, na Papelaria Icaraí e por aí vai...

Contar histórias para nós significa mergulhar no imaginário de uma cultura rica de manifestações e reflexões. Através do ato de ouvir histórias, as crianças desenvolvem o prazer pela leitura e pela própria maneira de interpretar e compreender um texto, um acontecimento, uma poesia ou narrativa, além de dialogarem consigo mesmos.

Buscamos contribuir para o desenvolvimento da identidade social e cultural de cada criança e adulto que participa de nossas histórias, pois nos comprometemos em não só fazer rir, mas fazer com que cada um repense o mundo com o objetivo de transformá-lo em algo melhor para todos.

Falando sobre... Parangolé!


Além de trabalhar o corpo, pintar e criar fazendo muuuita arte, nesta semana os novos e antigos parangolados escreveram um pouco sobre o que a Oficina Parangolé significa para eles...

  • Eu acho cultura pura, legal, arte diferente! (Alicia – 7 anos)
  • O Parangolé é legal e divertido!!! (Arthur – 6 anos)
  • O Parangolé é divertido! (Lizandra – 6 anos)
  • O Parangolé é diversão, brincadeiras, artes e é muito legal! (José Alexandre – 6 anos)
  • Eu acho o Parangolé muito legal! (Catharina – 6 anos)
  • Com o Parangolé eu me sinto como um furacão no meio da multidão, devorando um macarrão! (Ivana – 10 anos)
  • É divertido, legal....... GOSTEI! (Nicole – 8 anos)
  • O Parangolé tem muitas artes! (Daniel – 7 anos)
  • O Parangolé é diversão! (Helena – 6 anos)
  • O Parangolé é divertido! (Camilla – 7 anos)
  • O Parangolé significa para mim diversão e muitas brincadeiras, artes e teatro! (Lucas – 9 anos)
  • O Parangolé é divertido! (Júlia – 6 anos)
  • Me senti no céu! (Matheus – 8 anos)
  • Eu gostei! (Louise – 2 anos e meio)
  • Parangolé é a arte que tem em nossos corações! (Mariana – 9 anos)
  • O Parangolé é muito legal! (Nathalia – 7 anos)
  • Eu gostei muito do Parangolé, ele representa ARTE! (Luma – 8 anos)
  • Parangolé é a aula mais divertida do mundo!!!! (Bruna – 8 anos)
  • Eu acho muito criativo, interessante e legal! (Maria Clara – 10 anos)
  • Estou gostando... (Luísa – 8 anos)
  • Eu gosto porque aprendo muitas coisas novas! (Bruno Sol – 8 anos)
  • Parangolé é música! (Agnes – 8 anos)
  • Para mim o Parangolé é esquecer do tempo. No Parangolé é assim: quando eu chego encontro meus professores. O sorriso da tia Andrea é a chave para o mundo da ARTE, onde só nós sabemos como entrar. O abraço do tio Sóter é a melhor recepção. No olhar da tia Marianna, sabemos que é hora de abrir as nossas mentes. O nosso melhor companheiro é o Tio André. E o tio Felipe nos mostra como vai ser o dia com as expressões faciais. Não há melhor lugar que a nossa sala! (Beatriz Gabrielli – 10 anos)

Beatriz foi convidada após anos de Parangolé a ser a nossa Parangomonitora-mirim!


CURUMIM chama cunhatã que eu vou contar!!


Apresentamos Helio Oiticica
à turma CURUMIM hoje!!!


E foi dada a largada da oficina mais divertida do mundo. Foi lindo ver as crianças correndo para a ParangoSala experimentando a liberdade, cantando, parangolando e dançando com a gente.

Primeira etapa, Andrea Ferrassoli levou ao conhecimento dos curumins, a história de liberdade de expressão de Helio Oiticica, mostrando livros e contando a história de vida desse artista ímpar.

Depois, Marianna Tavares propôs aos curumins a elaboração da arte com liberdade de fazer como se deseja, como se imagina, atribuindo novos sentidos e significados a cada modelada! Material necessário: muitas mãozinhas, ideias gigantescas e um pouco de massa de modelar. Um deles perguntou para o Sóter:

- Como você fez isso?

- Usando as mãos e os dedos, só preciso disso pra fazer arte... – ele respondeu e foi uma gargalhada geral!

Então, Sóter França organizou uma parangodança final, onde criamos todos juntos uma coreografia pela liberdade de querer dançar, expressar suas emoções através do corpo, simplesmente!

Eu posso, eu faço. André Latham demonstrou como se monta um PARANGOLÉ *, segundo Hélio Oiticica:

- Simplesmente Parangolando tudo, uai!!!

Primeira e deliciosa aula!!! Agradecemos aos Curumins!!!

* PARANGOLÉ: Hélio Oiticica chamou o Parangolé de "antiarte por excelência". Trata-se de uma espécie de capa, bandeira, estandarte para vestir ou carregar, e a partir dos movimentos livres, da dança, da ginga, levar o público à interação com a obra de arte. O artista pensou os primeiros parangolés a partir de seu contato com o samba, no morro da Mangueira em 1964. Oiticica afirmava que o corpo não era suporte para a obra de arte, e sim, uma oportunidade para que o espectador deixasse apenas de observar e penetrasse na criação da obra, pois ela jamais estaria acabada, justamente por cada um poder contribuir com sua intenção e seu sentimento.