quarta-feira

Muito prazer, Eu sou o Samba!!!!

Contação de Histórias:


Entrada FRANCA!

Concepção: Sóter França

Com:
Andrea Ferrassoli
Marianna Tavares
André Latham
Felipe Reis

Apoio Cultural: Papelaria Icaraí

O Parangolé conta com a presença de todos!
http://www.orkut.com/AlbumZoom.aspx?uid=12139627512000993896&pid=13

domingo

Cortejo Folclórico













O Cortejo Folclórico arrastou foliões na Festa do Folclore do Colégio São Vicente de Paulo.
Alunos, pais, amigos e professores cantaram as mais lindas cantigas de roda, e ouviram os parangoleios contarem lendas do nosso Brasil!
"EU VIM DE LÁ
PARANGOLAR
O MEU BRASIL,
EU VOU MOSTRAR!"


Momento de descontração



O professor convidado do mês, Itamar Porto, contando histórias e propondo um trabalho corporal com os parangoleios.

"O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro."
Shakespeare

Portinari no Parangolé




Obras com o tema "Espantalho, de Cândido Portinari"


“Vim da terra vermelha e do cafezal.As almas penadas,
os brejos e as matas virgensacompanham-me como o espantalho,que é o meu auto-retrato.Todas as coisas frágeis e pobresse parecem comigo.”
Cândido Portinari

As crianças refletiram sobre o tema "medo" abordado na obra de vários artistas, inclusive, Portinari. Cada aluno construiu seu "Espantalho", e refletiram sobre os medos que precisam ser espantados, e os medos que são gostosos de sentir, que fazem parte do nosso imaginário coletivo.


quinta-feira

Modelando com Mestre Vitalino!











Mestre Vitalino

Bonecos de barro ele fez
E fez como ninguém
Tentando algo ser
Tentando ser alguém

Muito pobre ele foi
Sem nada para brincar
Sua mãe percebeu e disse:
- Tome esse barro para amassar!

A mãe então, assustada
Com tanta beleza
Deu asas à imaginação
Da popular natureza

Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!
Palmas!

A fama só chegou
Depois que morreu
Foi tanto sucesso
Tem até museu
Que pelo menos,
Algo resolveu
Ele desenhou tantas coisas
Como um lindo cavalinho
Chegando num lago com um menino
Que pescava um peixinho...

(Beatriz Gabrielli)


O Parangolé apresentou o Mestre Vitalino aos alunos, que se encantaram com sua vida e obra. Expressamos no barro e nas palavras toda a brasilidade, e o resultado foi maravilhoso!
A Beatriz é aluna do Parangolé e uma poetisa desde sempre. Parabéns pela poesia Bia! E parabéns aos escultores!!!!!








quarta-feira

Dia da Consciência Indígena! (Para nós, todo dia é dia!)



Nações indígenas no Brasil... são tantas!!!

O ÍNDIO HOJE

Hoje, no Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira. Cabe esclarecer que este dado populacional considera tão-somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda não-contatados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista. (disponível no site da FUNAI)
Para saber mais: http://www.funai.gov.br/


terça-feira

O outro Brasil que vem aí - Gilberto Freyre


Eu ouço as vozes

eu vejo as cores

eu sinto os passos

de outro Brasil que vem aí

mais tropical

mais fraternal

mais brasileiro.

O mapa desse Brasil

em vez das cores dos Estados

terá as cores das produções

e dos trabalhos.

Os homens desse Brasil

em vez das cores das três raças

terão as cores das profissões e regiões.

As mulheres do Brasil

em vez das cores boreais

terão as cores variamente tropicais.

Todo brasileiro poderá dizer:

é assim que eu quero o Brasil,

todo brasileiro e não apenas

o bacharel ou o doutor

o preto, o pardo, o roxo

e não apenas o branco e o semibranco.

Qualquer brasileiro

poderá governar esseBrasil

lenhador

lavrador

pescador

vaqueiro

marinheiro

funileiro

carpinteiro

contanto que seja digno do governo do Brasil

que tenha olhos para ver pelo Brasil,

ouvidos para ouvir pelo Brasil

coragem de morrer pelo Brasil

ânimo de viver pelo Brasil

mãos para agir pelo Brasil

mãos de escultor que saibam lidar

com o barro forte e novo dos Brasis

mãos de engenheiro que lidem

com ingresias e tratores

europeus e norte-americanos

a serviço do Brasil

mãos sem anéis

(que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).


mãos livres

mãos criadoras

mãos fraternais

de todas as cores

mãos desiguais

que trabalham por um Brasil

sem Azeredos,

sem Irineus

sem Maurícios de Lacerda.

Sem mãos de jogadores

nem de especuladores

nem de mistificadores.

Mãos todas de trabalhadores,

pretas,

brancas,

pardas,

roxas,

morenas,

de artistas

de escritores

de operários

de lavradores

de pastores

de mães criando filhos

de pais ensinando meninos

de padres benzendo afilhados

de mestres guiando aprendizes

de irmãos ajudando irmãos mais moços

de lavadeiras lavando

de pedreiros edificando

de doutores curando

de cozinheiras cozinhando

de vaqueiros tirando leite de vacas

chamadas comadres dos homens.

Mãos brasileiras

brancas,

morenas,

pretas,

pardas,

roxas

tropicais

sindicais

fraternais.

Eu ouço as vozes

eu vejo as cores

eu sinto os passos

desse Brasil que vem aí.

(Poema escrito em 1926 e publicado no livro "Poesia Reunida", Editora Pirata - Recife, 1980)