segunda-feira

CURUMIM chama cunhatã que eu vou contar!!


Apresentamos Helio Oiticica
à turma CURUMIM hoje!!!


E foi dada a largada da oficina mais divertida do mundo. Foi lindo ver as crianças correndo para a ParangoSala experimentando a liberdade, cantando, parangolando e dançando com a gente.

Primeira etapa, Andrea Ferrassoli levou ao conhecimento dos curumins, a história de liberdade de expressão de Helio Oiticica, mostrando livros e contando a história de vida desse artista ímpar.

Depois, Marianna Tavares propôs aos curumins a elaboração da arte com liberdade de fazer como se deseja, como se imagina, atribuindo novos sentidos e significados a cada modelada! Material necessário: muitas mãozinhas, ideias gigantescas e um pouco de massa de modelar. Um deles perguntou para o Sóter:

- Como você fez isso?

- Usando as mãos e os dedos, só preciso disso pra fazer arte... – ele respondeu e foi uma gargalhada geral!

Então, Sóter França organizou uma parangodança final, onde criamos todos juntos uma coreografia pela liberdade de querer dançar, expressar suas emoções através do corpo, simplesmente!

Eu posso, eu faço. André Latham demonstrou como se monta um PARANGOLÉ *, segundo Hélio Oiticica:

- Simplesmente Parangolando tudo, uai!!!

Primeira e deliciosa aula!!! Agradecemos aos Curumins!!!

* PARANGOLÉ: Hélio Oiticica chamou o Parangolé de "antiarte por excelência". Trata-se de uma espécie de capa, bandeira, estandarte para vestir ou carregar, e a partir dos movimentos livres, da dança, da ginga, levar o público à interação com a obra de arte. O artista pensou os primeiros parangolés a partir de seu contato com o samba, no morro da Mangueira em 1964. Oiticica afirmava que o corpo não era suporte para a obra de arte, e sim, uma oportunidade para que o espectador deixasse apenas de observar e penetrasse na criação da obra, pois ela jamais estaria acabada, justamente por cada um poder contribuir com sua intenção e seu sentimento.

sábado

Pra tudo se acabar na quarta feira...


Andrea:
Ai, ai... o Carnaval!
Tem coisa mais gostosa que se vestir como quiser e dançar, pular e cantar até não agüentar mais?!

Sóter:
Nem o Rei Momo resiste!

Marianna:
Rei Momo?! Que nome mais engraçado!

Ala la ô ô ô ô - Mas que calor ô ô ô ô

André:
Rei Momo, o Rei do Carnaval! O Rei da alegria, da folia, da brincadeira!

Felipe:
É verdade. O Momo é o Rei da alegria, da folia, da brincadeira... mas ele nem sempre foi Rei. Não se esqueçam que ele antes de ser Rei era um Deus.

Marianna:
O Deus grego que foi expulso do Olimpo pelo seu comportamento zombeteiro! Eu lembro disso. Mas alguém sabe como acabou virando uma tradição eleger um homem todo ano para ser o Rei Momo?

Mamãe eu quero, MAMA! Mamãe eu quero, MAMA!!!

Andrea:
Eu li uma vez que na Roma antiga,
durante a realização de determinadas festas, o soldado escolhido como o mais belo de todos era quem recebia a coroa de rei brincalhão, o que lhe dava o direito de comer, beber e brincar até esgotar totalmente suas forças, sem que ninguém o impedisse de fazer coisa alguma.

Sóter:
Só que o coitado, depois que terminava a farra era solenemente levado ao altar do Deus Saturno e ali sacrificado com todas as honras que merecia.

André:
Ainda bem que isso não acontece hoje em dia. Hehehe
Desde que um jornalista
apresentou aos carnavalescos um boneco feito em papelão e sugeriu sua indicação como comandante da folia o Rei Momo virou símbolo do Carnaval.

Olha a cabeleira do Zezé!!! Será que ele é? Será que ele é?!

Sóter:
No ano seguinte fizeram uma campanha para escolher um rei de carne e osso: foi o jornalista Moraes Cardoso quer era um homem muito gordo. Vestiram ele como Rei e ele foi saudado com um “Vive le Roi!!!” pelos seus colegas de redação, o jornalista desfilou pelas ruas da cidade, onde foi saudado com muita serpentina, confete e lança-perfume.

Felipe:
Estava criado o Rei Momo do Carnaval Carioca! Ele foi o nosso Rei Momo até falecer em 1948. Desde então se faz uma eleição todos os anos para escolher o Rei Momo.

André:
E isso acabou virando um verdadeiro espetáculo popular!

Texto - Marianna Tavares (Parangolada)
Ilustração - Sóter França (Parangolado)